Nas últimas duas semanas, o comportamento dos mercados financeiros levou os investidores e os mídia a intensificarem os comentários. No geral os principais índices bolsistas chegaram a desvalorizar quase 10%. Houve um dia ou outro mais intenso, trazendo consigo a palavra "mini-crash" à baila.
A volatilidade, a desvalorização e a procura pelas justificações destes acontecimentos parecem paralisar o investidor.
O negativismo volta a reinar?
Enquanto uns tendem a deixar as emoções e associações de anteriores acontecimentos tomarem conta de si, outros vêem com outra perspectiva, ou seja como "Oportunidades". Houve quem aproveitasse para reforçar as posições em acções, enquanto que outros viram a oportunidade noutros instrumentos, mais ligados aos índices.
Haverá razões para preocupações?
Responderei a esta questão com outra pergunta: tem seguido o seu plano de trading?
Certamente que durante este período mais volátil e menos optimista, algumas posições tiveram que ser liquidadas. Algo natural neste negócio.
Apesar de ninguém saber concretamente a justificação para o aumento da actividade vendedora no mercado, a única verdade é que ela existiu. Detectou-se em algum lado um motivo ou mais para promover as vendas, e assim foram feitas, seja por algoritmos ou investidores institucionais. Consequentemente, o natural comportamento do ser humano acaba por dar uma força suplementar aos movimentos.
Poderiam culpar as recentes desvalorizações face aos comportamentos dos índices bolsistas norte americanos, no entanto, fazendo uma análise ao gráfico mensal dos últimos nove anos, facilmente se verifica que não estão correlacionados. Era bom que assim fosse. Actualmente, o S&P500 encontra-se acima do mínimo registado em 2009 em + 290%, enquanto que o PSI20 luta para conquistar terreno, mas fica pelos - 7%.
Infelizmente o mercado financeiro português ainda é pequeno e pouco atractivo face às restantes opções. Numa breve passagem pelos títulos portugueses, as últimas duas semanas acabaram por desconfigurar os movimentos da maior parte das acções.
Embora o cenário esteja mais complexo, existirão oportunidades (com uma perspectiva de menor duração), umas com maior risco do que outras, nas seguintes acções: Ibersol, Jerónimo Martins, BCP, Altri, EDP, Mota-Engil, Sonae e Teixeira Duarte.
O que fazer quando surge volatilidade, incerteza e oportunidades confirmadas (segundo a estratégia)?
Sente-se confortável neste ambiente? Se não, considere não tomar qualquer posição nestes períodos. Se sim, ter bem definido o ponto de saída é essencial e ter um plano B (de saída), caso o desenvolvimento do título não corresponda ao previsto inicialmente.
Bons trades!