O sucesso das redes sociais assenta num pilar muito importante: fazer o outro "sentir-se amado", reconhecido, valorizado, e sem gastar um tostão. As plataformas digitais permitiram que milhões de pessoas pudessem exprimir as suas ideias, mostrar a sua criatividade, criar novos negócios ao mesmo tempo que também expõem tanto as suas vaidades como as suas fragilidades, um tanto encobertas.
Se um comentário, ainda que menos agradável, preencher e/ou alimentar o ego do seu criador, a consequência será a repetição do mesmo em situações semelhantes. A manifestação de opiniões é tanto maior quanto o número de likes, entendidos como aplausos ao seu parecer. E como se de uma bola de neve se tratasse, mais comentários geram mais likes; mais likes geram mais alimento ao ego do criador que, por sua vez, se sente cada vez mais poderoso, apreciado e incentivado a comentar. E assim sucessivamente. Algumas vezes, erroneamente o pensamento que impera é "Não importa se falam bem ou mal, o importante é que falem de mim". Será que consegue imaginar o efeito nefasto que tal pode causar no ser/mente humana e de modo gratuito?
Começa-se por alguns minutos ligado às redes sociais, depois algumas horas e um dia chega a conclusão foram alguns anos desperdiçados no mundo virtual, em busca de um sucesso imaginário, um reconhecimento suspenso no ar, que se esfuma com um clique.
Uma vida que passa, sem se dar a oportunidade ao crescimento pessoal, sentir-se amada, desejada, acarinhada. Encontrar amigos reais, potenciais ombros amigos tanto para as horas felizes como para as difíceis. Permitir-se falhar, cair e levantar-se mais forte desses obstáculos, sentir os olhares da rejeição, do interesse, da conquista.
Certamente que cada pessoa tem uma história preenchida de coisas boas - outras nem tanto - obstáculos, desafios, tempestades emocionais, problemas físicos, um mar de palavras por contar.
Mas antes de procurar um like me today, vamos desenvolver o hábito do like yourself today.