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Um espaço onde quem lidera é o mercado financeiro. Aqui encontras a minha opinião, mas a tua também é bem-vinda, partilha-a.

quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

Cofina desafia os investidores

O PSI Geral inclui muitas empresas que hoje em dia pouco ou nada são faladas nos sítios mais frequentados pelos investidores. Talvez o desinteresse por empresas com menor liquidez se deva ao facto de serem títulos de menor visibilidade, ou apenas o reflexo do desânimo que o mercado financeiro português tem provocado nos investidores.

A tecnologia tem afrontado muitos sectores


Os consumidores são cada vez menos em Portugal, seja pelo regresso da imigração, seja por uma nova onda de emigração. Novos meios de comunicação, detentores de recursos muitos mais generosos face a nossa realidade, espicaçam os sectores tradicionais dos media.
Ao longo da última década, a Cofina tem desafiado frequentemente os investidores e no momento actual não é excepção. Os investidores que acompanham ou possuem este título em carteira são estimulados à interrogação.  E se eu fizer isto...? Será que...? Deveria pensar em...?

Manter uma mente sã nem sempre é fácil quando viajamos por terras da emoção, sem estar focados nos argumentos. 

Perspectivas para posições de longo e curto prazo


Os investidores de longo prazo na Cofina estão na ponta da navalha em seu pensamento. Certamente  iniciaram posições na área de 0.46€ por acção por diversos motivos, e hoje, face ao comportamento da Cofina, sentem necessidade de tomar uma atitude.

Cofina- gráfico mensal
O primeiro pensamento do investidor que tenha recursos financeiros será investir em mais acções. Atitude perigosa mesmo com uma redefinição da estratégia. A tentação de baixar o preço médio é grande, contudo esta atitude deve ser bem equacionada, para não trazer grandes dissabores.  

Já o investidor que apenas aplicou todo o seu património de que dispunha para realizar investimentos mobiliários encontra-se num momento muito sensível. 
A tentação de utilizar a expressão " fica para os filhos" é grande, e tem-se revelado um verdadeiro caos no nosso mercado financeiro. 

Para tentar diminuir um pouco a ansiedade vamos focarmo-nos no gráfico mensal. O título está numa tendência descendente na última década. Mantém-se numa lateralização nos últimos quatro anos, entre os de 0.27€ a 0.82€ por acção.

Actualmente a negociar entre um possível suporte de 0.1950€ e uma resistência mais vincada na área de 0.37€ por acção. O preço tem encontrado alguma sustentabilidade nos últimos seis meses na parte inferior da lateralização a 0.27€, contudo sem resposta concreta de força compradora.

A dinâmica de mercado continua descendente, afrontando os investidores com um possivel cenário de queda. Um tictac que pode enganar e vir a realizar um ressalto sem a necessidade de uma estrutura visível, embora um cenário pouco plausível face às actuais condições do mercado português. Caso venhamos a ser bafejados por um novo optimismo na bolsa, a perspectiva mais optimista plausível para Cofina seria regressar aos 0.37€ por acção. 

Cofina -gráfico diário
A Cofina a curto prazo está a negociar junto da linha de tendência descendente de 2015 ( de cor rosa). 

Tem vindo a negociar dentro de um canal descente (de cor preta) desde de Novembro de 2016.  

Está a negociar acima da Emas de 17 e 34 períodos sem uma estrutura de topos e fundos ascendentes, transmitindo ao investidor a ideia de ser apenas movimento para testar o topo do movimento anterior, ou uma possivel tentativa de rompimento da LTD e voltar a tocar na parte superior do canal.

Se o título vier a surpreender os investidores neste movimento de curto prazo, a Cofina  poderá negociar até 0.28€ a 0.2891€ por acção. Um cenário provável mas certezas não existem.

É tempo de tomar decisões que tranquilizem o nosso estado de espírito, e trabalhar melhor as decisões (ou falta delas) que fizemos no passado, em busca de um aprimoramento para o nosso futuro como investidor.
E claro, acreditar que é possivel.

Bons investimentos!
terça-feira, 24 de janeiro de 2017

EDP sinónimo de dinheiro!?

Na hora de criar um portefólio de acções em Portugal, um título que salta à vista dos investidores parece ser é a EDP. Sector apetecível, distribuição de dividendos, entre outros argumentos têm magnetizado o investidor português. Mas será assim tão boa?

Longo, médio ou curto prazo? Tanto faz.

O monopólio da EDP já acabou há algum tempo, dando maior oportunidade a outras empresas do sector de poderem conquistar clientes. Acredito que cada dia que passa a EDP esteja a sentir o efeito dessa pressão.

A EDP até pode ser mais atractiva de que outros títulos da nossa bolsa de valores. Mas na hora de realmente investir, o pequeno investidor não deve nem pensar nos possíveis dividendos que venha a receber nem deve equacionar investir numa empresa de maior dimensão só porque considera estar salvaguardado de perdas.


 Deve fazer o investimento - seja de longo, médio ou curto prazo - quando o título tiver reunido vários argumentos que apontem no sentido da nossa decisão e com uma estratégia bem definida.

 Não vale a pena receber alguns euros de dividendos se o titulo continuar a desvalorizar. Não é?

Vale a pena só pensar que é um investimento de longo prazo? E porquê? Só para não ter uma estratégia do limite de perda que vai assumir? Ou é o que o mercado quiser?

É tempo de exigir mais na hora de investir porque o dinheiro não nasce nas árvores. Uma atitude menos reflectida traz sempre dores de cabeça entre outros (possíveis) dissabores. 

O que esperar da EDP?


A leitura que faço do gráfico mensal e semanal é que o titulo está com fortes probabilidades de continuar a desvalorizar em torno dos 7 a 11 porcento. É certo? Não sei e também ninguém sabe.

Gráfico mensal de EDP
Gráfico semanal de EDP

Considerando um cenário mais optimista, a EDP teria que conseguir reverter o seu comportamento a começar hoje mesmo, e assegurar uma dinâmica de mercado ascendente. Caso contrário o título irá continuar a subir um pouco pelas escadas e descer de elevador até encontrar uma área que seja mais apetecível a um maior número de participantes.

Bons investimentos!
sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Mota-Engil na terra de ninguém

Todos queremos encontrar oportunidades, não é verdade? Procuramos, analisamos e cada vez é mais difícil encontrar títulos que preencham os requisitos. Torna-se cada vez mais evidente a falta de investidores nacionais e internacionais no nosso mercado financeiro. Esperemos por melhores dias.

Oportunidade para quem Mota-Engil?

Actualmente o titulo apresenta-se aos investidores em território de ninguém. Como assim? A Mota-Engil não transmite um consenso entre vendedores e compradores. Ambas as partes encontram-se, a curto/médio prazo, sem grandes perspectivas. Quem vai desistir primeiro? De onde virá a força para erguer a Mota-Engil?

Enquanto as respostas não chegam, podemos fazer uma pequena retrospectiva dos gráficos. É o que de mais próximo podemos ter sobre o sentimento dos investidores face à empresa.

  • Gráfico mensal desde do segundo semestre de 2014 que baixou os braços e entrou num estado de derrotado pela pressão vendedora. Mota-Engil veio dos 6€ para casa de 1.20€ por acção.
  • Gráfico semanal apresenta uma lateralização desde o princípio de 2016. Uma pausa que tem demonstrado uma certa estabilidade.
  • Gráfico diário é o mais confuso de momento. A força compradora não está a aparecer numa área que poderia ser interessante para os investidores. O volume continua abaixo da média, revelando a falta de interesse dos participantes face aos recuos que o título tem proporcionado.

Ao contrário do que é habitual, não irei colocar imagem dos gráficos. Porquê? Por um motivo muito importante: querer estimular a capacidade de análise e desenvolver uma opinião cada vez mais própria de todos aqueles que ainda não estejam tão familiarizados com os gráficos e assim exporem as suas dúvidas, bem como possíveis cenários, porque a individualidade de cada um revela-se também na forma como interpreta, assimila e reage perante um mesmo fenómeno.

O gráfico diário tem muito mais a dizer? Certamente.

Cautela e bons investimentos!
domingo, 8 de janeiro de 2017

O Tempo da Teixeira Duarte

O ano mudou e a realidade da nossa praça de valores imobiliários pouco se alterou. Esperemos que este novo ano se apresente mais solarengo e traga mais prosperidade para todos os investidores.

A Teixeira Duarte tem passado nos últimos dois anos por um período bem difícil. Veio de lá dos 1.40€ para os 0.1630€ por acção. Uma desvalorização que expressa bem as dificuldades com que o sector (entre outros) se tem deparado. No entanto, já diz o provérbio português " Não há bem que dure para sempre, nem mal que nunca se acabe" .


O tempo de mudança


Mudanças positivas são ansiadas por todos, nos mais diversos sentidos. No momento actual, a Teixeira Duarte tem dado sinais positivos, ainda que de uma forma discreta, talvez até despercebida por muitos investidores, que anteriormente eram assíduos deste título.

Um título que pode ser de todos, mas não é para todos. As suas características fazem desviar o olhar  de uns e atrair outros. Alguns pontos positivos que Teixeira Duarte dá aos seus seguidores:
  • No gráfico mensal um falso rompimento do anterior mínimo ocorrido em finais de 2011. Realizou um pequeno rompimento que obteve resposta compradora;
  • Quebra e retest da linha de tendência de descendente de curto prazo;
  • Incremento de volume nos dias posteriores à quebra da LTD após uma pequena retracção;
  • A configuração do gráfico mensal, semanal e diário proporciona margem para o título poder progredir no curto prazo.
Gráfico mensal de Teixeira Duarte

Gráfico diário de Teixeira Duarte

Cuidados a ter 

Se por uma lado a Teixeira Duarte dá sinais positivos, por outro convém lembrar que estes são os primeiros e tendem a ter um optimismo de menor duração. Requer uma atenção mais redobrada na sua gestão e perspectivas. No gráfico diário encontram-se assinaladas algumas áreas que considero mais relevantes a curto prazo para quem possui Teixeira Duarte no seu portefólio nos últimos dias.

Bons investimentos e votos de muita prosperidade.