A Pharol apresenta-se como sendo uma sociedade aberta que gere uma participação directa ou indirecta de 27.5% da Oi. Participação essa que os investidores portugueses acreditavam (ou fizeram-lhes acreditar) que iria trazer valor para a empresa (PT), já bastante pressionada pela sua prestação negativa em bolsa. O resultado foi notório e coube aos investidores portugueses pagar a factura do banquete, deixando os convidados levar na bagagem as melhores recordações, e fazer jus à fama de sermos um povo que sabe receber bem.
Hoje, como no passado, esta participação continua a não dar frutos para os investidores portugueses, a Oi continua a ser uma empresa com problemas e a necessitar de um investidor com vontade de injectar muito capital a curto prazo para fazer face as suas necessidades internas e poder atingir os seus objectivos.
Terá a OI capacidade para captar investimentos? E ser rápida a atingir as suas metas trazendo retorno aos investidores, neste momento de instabilidade que o Brasil está a mergulhar?
Por cá, a Pharol continua a não dar sinais favoráveis aos seus investidores continuando a marcar uma tendência descendente. Um título que deveria ser para institucionais, e cada vez menos para pequenos investidores, um modelo de negócio que não produz e se mostra muito dependente.
Ultimamente os pequenos investidores da praça portuguesa têm vindo a ser surpreendidos, e da pior maneira, pelos riscos existentes nos mercados financeiros, e raramente por si calculados.
Gráfico diário da Pharol |
A tendência descendente da Pharol dos últimos dois meses tem sido muito clara para os investidores, e mesmo que venha a contrariar a sua dinâmica de mercado e reagir positivamente na área 0.24€, por se considerar numa possivel zona de suporte, será a meu ver sol de pouca dura.
Para considerar um cenário mais optimista neste titulo, teria que evitar a ida aos 0.235€ por acção e romper com uma boa dinâmica os 0.309€ por acção (algo que terá pouca probabilidade de acontecer face à minha leitura do mercado).
O que fazer em tempos mais difíceis?
Se é um investidor que investe maioritariamente na praça portuguesa, e neste momento em que o mercado está complexo, o melhor é esperar que o mercado grite bem alto as oportunidades para pensar em abrir uma posição,e utilizar a menor percentagem de risco em cada posição.
Permitirá conservar capital, ganhar tempo para as verdadeiras oportunidades que irão surgir no mercado, e reduzir a pressão psicológica por eventuais perdas. Sem capital nos mercados financeiros não se faz nada.
Bons investimentos!